terça-feira, 16 de junho de 2020

Quando a criança não se interessa a comer coisas novas tais como: frutas, sucos com novos sabores......


Quando a criança não se interessa a comer coisas novas tais como: frutas, sucos com novos sabores......

Reflexão de difícil resposta se pensarmos pela lógica do adulto. O grande desafio sempre será a prática da empatia: Como se colocar no lugar da criança e assim poder ajuda-la a vencer o novo, desconhecido? Em primeiro lugar entender que para quem desconhece determinado alimento junto com ele pode vir o “medo” que na palavra neofobia, medo do novo,  percebemos o que pode passar na cabeça da criança. Novos sabores antes de chegar ao sentido do paladar, literalmente com o necessário contato do alimento, com a toda a cavidade oral passa por uma complexidade de vários  sentidos envolvidos e não só o alimento na boca. Mesmo o paladar para que possamos perceber e decidir se gostamos ou não - o sabor - depende do alimento na cavidade oral e o olfato. Então, o sabor é percebido diante do alimento na boca com o paladar em conjunto com o olfato. Anterior a isso a expressão “comemos com os olhos” é pura e verdadeira quando lançamos expectativas de sentimentos seja a de prazer ou a neofobia quando vemos um alimento não familiar de consumo. E o tato? Criança precisa da construção do concreto para abstrair, logo alimento não pode ser visto como algo que seja “sujo” com necessidade de limpeza ao retira-lo, com panos ou guardanapos,  do entorno da boca da criança ou de suas mãos que por vezes insiste com o necessário contato nessa busca da aproximação com o que ela não conhece. Irá cair de seu talher? Sim.  Parecerá que a mesa e o chão comeram mais que a criança? Sim. E isso com o adulto ao lado da criança e o alimento, seja comendo junto com ele, ou usando estratégias de estimulo. Como estimulá-la a experimentar frutas e legumes desconhecidos? Principalmente com a conversa que não passe por atribuir valores de recompensa ou punição, mas que o adulto entenda que a qualidade do que é oferecido à criança é de sua responsabilidade e a quantidade a criança norteará. Calma, muita calma nessa hora!!! Se hoje comeu pouco daquele vegetal que foi feito com tanto carinho, ainda assim lance palavras de confiança e de um futuro vencedor para a criança. Coloque sua disposição, com leveza, de que amanhã estará junto com ela ajudando-a e que será melhor do que hoje. Leve a criança a participar do processo de escolhas, manipulação (se em pedaços grandes ou pequenos ou mesmo em forma de purê) e distribuição (não esconda e não retire do prato aquele legume cortado bem pequenininho) desse alimento. Lembre-se não é a toa que o termo é hábito alimentar – É uma construção que temos todo tempo para fazer com carinho e paciência!!!
Use e abuse dos sentidos e essa relação do alimento, adulto e criança: cheire, mexa, experimente e quem sabe até ouvir o crocante de uma cenoura estalando de fresquinha.....

Bjs da Nutri     

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