Quando a criança
não se interessa a comer coisas novas tais como: frutas, sucos com novos
sabores......
Reflexão de difícil
resposta se pensarmos pela lógica do adulto. O grande desafio sempre será a
prática da empatia: Como se colocar no lugar da criança e assim poder ajuda-la
a vencer o novo, desconhecido? Em primeiro lugar entender que para quem
desconhece determinado alimento junto com ele pode vir o “medo” que na palavra neofobia,
medo do novo, percebemos o que pode
passar na cabeça da criança. Novos sabores antes de chegar ao sentido do
paladar, literalmente com o necessário contato do alimento, com a toda a cavidade
oral passa por uma complexidade de vários sentidos envolvidos e não só o alimento na
boca. Mesmo o paladar para que possamos perceber e decidir se gostamos ou não -
o sabor - depende do alimento na cavidade oral e o olfato. Então, o sabor é
percebido diante do alimento na boca com o paladar em conjunto com o olfato.
Anterior a isso a expressão “comemos com os olhos” é pura e verdadeira quando
lançamos expectativas de sentimentos seja a de prazer ou a neofobia quando
vemos um alimento não familiar de consumo. E o tato? Criança precisa da construção
do concreto para abstrair, logo alimento não pode ser visto como algo que seja “sujo”
com necessidade de limpeza ao retira-lo, com panos ou guardanapos, do entorno da boca da criança ou de suas mãos
que por vezes insiste com o necessário contato nessa busca da aproximação com o
que ela não conhece. Irá cair de seu talher? Sim. Parecerá que a mesa e o chão comeram mais que
a criança? Sim. E isso com o adulto ao lado da criança e o alimento, seja
comendo junto com ele, ou usando estratégias de estimulo. Como estimulá-la a
experimentar frutas e legumes desconhecidos? Principalmente com a conversa que
não passe por atribuir valores de recompensa ou punição, mas que o adulto
entenda que a qualidade do que é oferecido à criança é de sua responsabilidade
e a quantidade a criança norteará. Calma, muita calma nessa hora!!! Se hoje
comeu pouco daquele vegetal que foi feito com tanto carinho, ainda assim lance
palavras de confiança e de um futuro vencedor para a criança. Coloque sua
disposição, com leveza, de que amanhã estará junto com ela ajudando-a e que
será melhor do que hoje. Leve a criança a participar do processo de escolhas,
manipulação (se em pedaços grandes ou pequenos ou mesmo em forma de purê) e
distribuição (não esconda e não retire do prato aquele legume cortado bem
pequenininho) desse alimento. Lembre-se não é a toa que o termo é hábito
alimentar – É uma construção que temos todo tempo para fazer com carinho e
paciência!!!
Use e abuse dos
sentidos e essa relação do alimento, adulto e criança: cheire, mexa, experimente
e quem sabe até ouvir o crocante de uma cenoura estalando de fresquinha.....
Bjs da Nutri
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